Você já parou para se perguntar sobre como é feita a avaliação de um imóvel? Pode parecer uma pergunta boba, mas na verdade é de grande importância entender sobre essa questão, até mesmo para ter a garantia de que fez um bom negócio.
Há pessoas que, durante uma negociação, sentem que estão sendo lesadas. Mas isso só acontece com aqueles que não entendem todos os aspectos que se referem a essa questão. Então, saber como é feita a avaliação de um imóvel é algo essencial.
Assim, torna-se possível mensurar se, de fato, vale a pena fechar o negócio. Além do mais, a fim de evitar esse problema, nunca deixe de tomar posse do laudo de avaliação de imóvel urbano. Assim, ter-se-á certeza de que o preço do patrimônio condiz com as atuais situações em que ele se encontra.
Infelizmente, a falta desse conhecimento gera algumas dúvidas e conflitos no processo de contratação. Inclusive, em processos judiciais ou acordos, a falta desse laudo gera prejuízos ainda maiores, como o prolongamento de tais processos.
Isso quer dizer que, em toda contratação, você deve ter em mãos o laudo de avaliação. Mas, além desse fato, você deve saber como é feita a avaliação de imóvel, e é sobre isso que iremos falar no decorrer deste artigo. Não deixe de conferir!
Passos para uma Avaliação de Imóvel Urbano
Antes de tudo, vale salientar que há diferentes métodos para avaliação de um imóvel, e isso varia de acordo com a finalidade do laudo ou mesmo das limitações e condições de um projeto. Mas, abaixo, iremos falar sobre o método comparativo mais comum.
Análise e vistoria
A primeira etapa é a vistoria do imóvel, onde se considera todos os dados que, de alguma forma, vão influenciar no valor de mercado. Assim que estiver com todos os documentos necessários, o objetivo do laudo é fazer uma vistoria completa do imóvel.
E isso inclui toda a característica estrutural e arquitetônica e também no que se refere à região em que o imóvel está. Ou seja, calçamento, transporte público, características físicas, estruturais etc.
Pesquisa de mercado
A seguir, deve-se fazer uma amostragem com os valores comerciais de até 20 imóveis que sejam similares. Nesse ponto, avalia-se tanto o preço de anúncio quanto o valor real da negociação em si. Entretanto, é preciso acrescer a comissão da corretora e imobiliária.
Média do valor do metro quadrado das amostras
Assim que obtiver a lista de amostra, deve-se fazer uma média aritmética, cujo intuito é de se obter o valor do metro quadrado da região. Feito isso, é só somar o valor do metro quadrado de cada amostra e dividir pelo número total de todas elas.
Média final do valor do metro quadrado
A fim de poder estipular o valor mais preciso do metro quadrado, é essencial criar um intervalo de tolerância de todas as amostras em 20% para mais e 20% para menos. Dessa forma, é possível eliminar as amostras que ficam fora desse intervalo. Em seguida, faz-se outra média aritmética com aquelas que restaram.
Valor médio final
Aqui, o valor do metro quadrado é multiplicado pela metragem do imóvel, onde é possível chegar no valor final médio. No entanto, nessa fase, é preciso considerar a variação dos limites nessa metodologia, o qual varia entre 1 a 10%.
Diferença nas avaliações pode dificultar aquisição do financiamento
Àqueles que não possuem recurso para comprar um imóvel à vista, tendem a recorrer ao financiamento. Trata-se de um ótimo recurso para poder realizar o sonho de se ter a casa própria ou mesmo de aumentar o patrimônio.
Entretanto, o que muitos não sabem é que, para obter crédito, não se leva em consideração o valor que o vendedor pede, mas sim a avaliação que o banco faz dele.
Sendo assim, vamos supor que o vendedor oferte um imóvel por R$300 mil, mas na avaliação do banco o preço final fica em R$250 mil. Esse será o valor que a instituição vai considerar no momento de aprovar o crédito.
Então, além do valor da entrada, nesse exemplo, o comprador terá de desembolsar mais R$50 mil para poder cobrir a diferença entre a avaliação e a contratação do crédito. No entanto, isso não faz com que, obrigatoriamente, uma avaliação superior do banco seja mais interessante para garantir o crédito.
Na verdade, de acordo com o presidente da Rede Imóveis, Marlon Moser, a pessoa que vai financiar o bem pelo SFH, o qual usa recurso do FGTS por exemplo, pode comprar um imóvel de até R$650 mil. No entanto, caso o engenheiro avalie o imóvel em R$680 mil, acaba inviabilizando a compra.
Sendo assim, o cenário perfeito é o de quando o preço da venda e o da avaliação que a instituição financeira faz, ficam num valor próximo. Dessa forma, permite com que o comprador possa dispor de menos recursos e garantir a contratação do financiamento, quando aprovada.